O QUE É?
É uma doença autoimune de origem neurológica que se manifesta através de surtos (aparecimento de novos sinais e/ou sintomas, ou o agravamento dos já existentes), devido a múltiplas inflamações e desmielinização (destruição da Bainha de Mielina) da substância branca do encéfalo e na medula.
O nosso corpo possui um complexo sistema contra invasões externas, com mecanismos de defesa capazes de reconhecer praticamente qualquer tipo de agressão ou invasão. No caso da esclerose múltipla, o organismo cria anticorpos contra a bainha de mielina e passa a não reconhecê-la. Pelo comprometimento dessa capa isolante, os impulsos se dispersam e o indivíduo deixa de ter controle dos comandos do cérebro.
INCIDÊNCIA
·Maioria das vezes, mulheres brancas
·Jovens, que carregam um gene de suscetibilidade.
·Incide mais em climas temperados e frios. Geralmente, porque a baixa luminosidade durante o ano diminui a proteção imunológica.
QUAIS AS CAUSAS?
Causa é desconhecida. Uma teoria defendida por pesquisadores é a de que o desencadeante responsável é um vírus e neste caso que o sistema imunológico interpreta uma parte da proteína mielínica como sendo um vírus de estrutura similar e a destrói (mimetismo molecular).
QUAIS SÃO OS POSSÍVEIS SINTOMAS?
Cada paciente possui o seu tipo peculiar de manifestação da doença e cada pessoa com EM terá o seu conjunto de sinais e sintomas. Estes sintomas podem mudar ao longo do tempo. Mas os sintomas se correlacionam com o comprometimento da mielina e ou axônios e varia de acordo com a área/ ou via acometida. Os tipos mais apresentados no indivíduo com EM são
Fadiga
Manifesta-se por um cansaço intenso e momentaneamente incapacitante para realizar uma atividade desejada. Muito comum quando o paciente se expõe ao calor ou quando faz um esforço físico desenvolver um trabalho ou uma sensação abrangente de falta de energia, corporal ou sistêmica.
Transtornos cognitivos
Funções cognitivas mais freqüentemente comprometidas são no processamento da memória e na execução das tarefas. Os indivíduos se queixam muito que levam mais tempo para memorizar as tarefas e possuem mais dificuldades para executar as mesmas.
Transtornos emocionais
Pode haver sintomas depressivos, ansiosos, transtorno de humor, irritabilidade, flutuação entre depressão e mania ( transtorno bipolar).
Problemas de bexiga e intestinais
Incluem a necessidade de urinar com freqüência e/ou urgência (quando vontade de urinar necessidade de urgentemente ir ao banheiro, por não conseguir segurar por muito tempo, assim como esvaziamento incompleto, retenção urinária). Os problemas intestinais incluem constipação intestinal e urgência fecal.
Transtornos visuais:
· Visão embaçada;
· Visão dupla (diplopia);
Problemas de equilíbrio e coordenação:
· Perda de equilíbrio;
· Tremores;
· Instabilidade ao caminhar (ataxia);
· Vertigens e náuseas;
· Falta de coordenação;
· Debilidade pode afetar pernas e o andar;
· Fraqueza geral.
Espasticidade
· Espasticidade (rigidez de um membro ao movimento acomete principalmente os membros inferiores).
· Parestesia (sensação tátil anormal), ou sensação de queimação ou formigamento em uma parte do corpo;
· Outras sensações não definidas;
· Pode haver dor associada à Esclerose Múltipla, como por exemplo, dor facial (neuralgia do trigêmeos) e dores nos membros de origem central; ou seja, secundária a lesão do sistema nervoso central.
Sexualidade
· Disfunção erétil, nos homens
· Diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres
· Comprometimento da sensibilidade do períneo (região da genitália), interferindo no desempenho do ato sexual
COMO É TRATADA?
Embora sem cura no momento, os tratamentos oferecidos buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do indivíduo.
Além do foco na doença, tratar os sintomas como os urinários, fadiga é muito importante para qualidade de vida do paciente.
Medicamentoso:
Hoje existe indicação de medicamentos que visam reduzir a atividade inflamatória e a agressão à mielina, com diminuição dos surtos, em intensidade e freqüência, contribuindo assim na redução do ganho de incapacidade ao longo dos anos.
· Imunomoduladores.
· Imunossupressores
· Corticóides
· Interferons
Sintomas muito comuns no inicio do uso destas medicações são: dores de cabeça, dores musculares, febre, fadiga, agravamento de sintomas anteriores; isto é transitório na maioria dos casos e podem ser amenizados iniciando-se com doses menores, utilizando-se analgésicos pré-administração, deixando as aplicações como a última atividade do dia; mas é claro, o mais importante, siga as orientações do seu médico assistente.
Não Medicamentoso
Terapia Ocupacional
Fisioterapia
FONTE:
http://www.einstein.br/espaco-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/entenda-a-esclerose-multipla.aspx
http://abem.org.br/sintomasem.asp?cor=1