Quando a criança chega à fase escolar, muitos pais são chamados à escola
em razão das dificuldades de aprendizagem de seus filhos. E aí eles se questionam:
o que fazer?
Mas antes de responder à questão,
precisamos entender primeiramente em que consistem as dificuldades de
aprendizagem. Elas podem ser definidas como problemas capazes de
alterar as possibilidades da criança de aprender nas áreas de leitura, escrita
ou matemática, e que podem trazer prejuízos também para suas atividades de vida
diária. As principais são: dislexia (dificuldade de leitura e
escrita que pode afetar também a percepção dos sons da fala), discalculia (dificuldade
na realização de cálculos matemáticos), disgrafia (dificuldade
na escrita), dispraxia (dificuldade
para planejar e executar um ato motor novo ou séries de ações motoras), disagnosias (alteração
da percepção), déficit de atenção (dificuldade de
concentração) e hiperatividade (dificuldade de ficar parado e
de se concentrar numa atividade).
Se seu filho está apresentando
dificuldades escolares, solicite uma avaliação com o médico (pediatra,
neurologista, psiquiatra, etc), e, caso essas dificuldades forem constatadas,
busque uma forma de ajudá-lo. A terapêutica variará de acordo com o quadro
apresentado. Alguns tratamentos indicados são com profissionais da
psicopedagogia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, etc. Lembrando
que cada caso é um caso, pois não há uma forma única de intervenção, já que os
tipos de problemas e sua extensão podem ser variados; por isso o trabalho
multidisciplinar é fundamental nesse processo. Existem evidências que quanto
mais precoce for à intervenção melhores são os resultados.
Ao falarmos
especificamente da área de Terapia Ocupacional, o programa de tratamento será
sempre centrado na família e nas necessidades especificas da criança, dando a
ela voz nesse processo terapêutico. Inicialmente, ele buscará investigar o que
gera o problema, por meio de conversas com os pais e com a criança, e também a
observando no seu contexto escolar. E por meio do brincar e de atividades
lúdicas, o programa de tratamento buscará promover a melhoria das suas
habilidades específicas, que constituirão, assim, importantes ferramentas para
o aprendizado e interação, potencializando suas capacidades e reduzindo suas
dificuldades.