domingo, 28 de julho de 2013

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM: DISCALCULIA

O número de pessoas com dificuldade para resolver problemas matemáticos, simples, do dia-a-dia, é muito grande. Estudos mostram um baixo rendimento escolar na área da matemática, nos alunos de 4ª e oitavas séries, sendo que as maiores dificuldades em questões relacionadas à aplicação de conceitos e resolução de problemas.

O DSM-IV define o transtorno de matemática, como: “Uma capacidade para realização de operações aritméticas acentuadamente abaixo da esperada para idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade do indivíduo (critério A). A perturbação matemática interfere significativamente no rendimento escolar ou em atividades da vida diária que exigem habilidades em matemática (critério B). Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades na capacidade de matemática excedem aquelas geralmente associada a estas (critério C)”.

Assim podemos definir de uma forma geral que a Discalculia refere-se a uma ampla gama de ao longo da vida dificuldades de aprendizagem que envolvem matemática. Não há um único tipo de deficiência matemática. Discalculia pode variar de pessoa para pessoa. E, pode afetar as pessoas de forma diferente em diferentes fases da vida. Duas grandes áreas de fraqueza pode contribuir para dificuldades de aprendizagem de matemática: Dificuldades visuo-espaciais, que resultam em uma pessoa que tem problemas de processamento que o olho vê e Dificuldades de processamento de linguagem, que resultam em uma pessoa que tem problemas para processar e dar sentido ao que o ouvido ouve.

A discalculia é uma má formação neurológica que provoca transtornos na aprendizagem de tudo o que se relaciona a números, como fazer operações matemáticas, fazer classificações, dificuldade em entender os conceitos matemáticos, a aplicação da matemática no cotidiano e na sequenciação numérica. Acredita-se que a causa dessa má formação pode ser genética, neurobiológica ou epidemiológica.

Segundo Ciasca (2003), essas dificuldades relacionadas ao aprender são muito mais frequentes em meninos do que em meninas, na proporção de 6 por 1. A explicação é que nos meninos existem menos microgiros no cérebro do que nas meninas, receberiam dos pais a dificuldade em aprender e em virtude de maiores habilidades demonstradas pelas 4 meninas em provas neuropsicológicas relacionadas à coordenação motora, nas provas de ordem verbal e nas características de aquisição da linguagem.

Quais são os sinais de discalculia?
Os sinais da discalculia podem começar quando a criança inicia sua vida escolar  na pré-escola. Outras crianças começam a apresentar dificuldades um pouco mais tarde.  Mas como podemos reconhecer discalculia no dia-a-dia da criança ou do adulto? Para  determinar se uma criança ou adulto tem discalculia é necessária uma avaliação rigorosa de um psicologo ou médico. Depois de diagnosticada a dificuldade, a ajuda de um psicopedagogo é muito importante. É importante salientar que as crianças não sentem preguiça nas aulas como pensam pais e professores. Elas realmente não entendem o que está sendo proposto. De acordo com Johnson e Myklebust (1987), as seguintes dificuldades podem ser encontradas em crianças com transtorno matemáticos:

DIFICULDADES COM LEITURA E COMPREENSÃO
  • Confusão com o aspecto parecido dos números, 6 e 9 ou 3 e 8.
  • Falta de habilidade para compreender os espaços entre os números como por  exemplo: 5 69 é lido como quinhentos e sessenta e nove.
  • Dificuldades no reconhecimento, e portanto, no uso dos símbolos para  calcular: mais, menos, multiplicação e divisão.
  • Dificuldades na leitura de números com mais de um dígito. Números com zero  podem especialmente dificultar. Exemplo: 4002 ou 304.
  • Confusão na leitura da direção dos números: o 12 pode se tornar 21. Não é  usual para algumas crianças mudarem a direção de alguns números que são lidos  precisamente, da esquerda para direita, enquanto outras leem de trás para frente.
  • Problemas com leitura de mapas, diagramas e tabuada.
DIFICULDADES EM ENTENDER CONCEITOS E SÍMBOLOS
  • Dificuldades em entender os símbolos matemáticos e em lembrar como deve  ser usado, por exemplo, o sinal de subtração.
  • Problemas com o entendimento de conceitos de peso, direção e tempo.
  • Problemas para entender perguntas orais ou escritas que são apresentadas  com palavras, texto ou figuras.6
  • Problemas para entender conceito de soma, onde números são usados em conjunto com unidades como, por exemplo, 100 metros. O problemas também podem ser no entendimento dos números ordinais, pois não entendem a seqüência, primeiro, segundo terceiro, etc.
  • Problemas em entender as relações entre as unidades.
  • Problemas na aplicação prática da matemática, por exemplo: A distância da  casa de Ana até a escola é de 1 km. Maria mora duas vezes mais longe. Qual a distancia  que Maria tem que percorrer para chegar à escola?
Discalculia: Sinais de alerta por idade

CRIANÇAS
PROBLEMAS COM:
Aprender a contar dificuldade
Dificuldade em reconhecer números impressos
·Dificuldade ligando a idéia de um número (4) e como ele existe no mundo (quatro cavalos, quatro carros, quatro crianças)
·Má memória para os números
·Dificuldade em organizar as coisas de uma maneira lógica - colocar objetos redondos em um lugar e os quadrados em outro
CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR
PROBLEMAS COM:
·Dificuldade em aprender a tabuada (adição, subtração, multiplicação, divisão)
·Dificuldade matemática desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas
·Pobre memória de longo prazo para funções matemáticas
·Não está familiarizado com o vocabulário de matemática
·Coisas de medição dificuldade
·Evitando jogos que exigem estratégia
ADOLESCENTES E ADULTOS
PROBLEMAS COM:
·Estimativa de custos de dificuldade, como mantimentos contas
·Dificuldade de aprendizagem de conceitos matemáticos além dos fatos básicos de matemática
·Capacidade pobres orçamento ou equilibrar um talão de cheques
·Problemas com conceitos de tempo, tais como aderindo a um programa ou a aproximação do tempo
·Problemas com a matemática mental
·A dificuldade em encontrar diferentes abordagens para um problema

Como é Discalculia Identificado?
Quando um professor ou profissional treinado avalia um aluno por dificuldades de aprendizagem em matemática, o aluno é entrevistado sobre uma ampla gama de habilidades e comportamentos relacionados com a matemática. Testes de matemática lápis e papel são frequentemente usados, mas uma avaliação precisa realizar mais. Destina-se a revelar como uma pessoa compreende e usa números e conceitos matemáticos para solucionar de nível avançado, assim como todos os dias, problemas. A avaliação compara os níveis esperados e reais de uma pessoa de habilidade e compreensão enquanto observando pontos fortes e fracos específicos da pessoa. Abaixo estão algumas das áreas que poderão ser abordados
  •       Habilidade com as habilidades básicas, como contagem de matemática, somar, subtrair, multiplicar e dividir
  • Capacidade de prever procedimentos adequados com base na compreensão dos padrões de saber quando adicionar, subtrair, multiplicar, dividir ou fazer cálculos mais avançados
  • Capacidade de organizar os objetos de uma forma lógica
  • Capacidade de medir de contar o tempo, usando o dinheiro
  • Capacidade de estimar quantidades numéricas
  • Capacidade de auto-check trabalho e encontrar formas alternativas de resolver problemas.
Requisitos necessários para o aprendizado de matemática e as Dificuldades causadas pela discalculia

Novaes (2007), ainda comenta que existem requisitos para o êxito aritmético. Conforme a faixa etária, a criança deve alcançar as seguintes capacidades:

3 a 6 anos
• Ter compreensão dos conceitos de  igual e diferente, curto e longo,  grande e pequeno, menos que e  mais que;
• Classificar objetos pelo tamanho, cor  e forma;
• Reconhecer números de 0 a 9 e  contar até 10;
• Nomear formas; e
• Reproduzir formas e figuras.
Dificuldades
• Problemas em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos; e
• Insucesso ao enumerar, comparar, manipular objetos reais ou em imagens

6 a 12 anos
• Agrupar objetos de 10 em 10;
• Ler e escrever de 0 a 99;
• Nomear o valor do dinheiro;
• Dizer a hora;
• Realizar operações matemáticas como soma e subtração;
• Começar a usar mapas; e
• Compreender metades, quartas partes e números ordinais,.
Dificuldades
• Leitura e escrita incorreta dos símbolos matemáticos.

12 a 16 anos
• Capacidade para usar números na vida cotidiana;
• Uso de calculadoras;
• Leitura de quadros, gráficos e mapas
• Entendimento do conceito de probabilidade; e
• Desenvolvimento de problemas.
Dificuldades
• Falta de compreensão dos conceitos matemáticos; e
• Dificuldade na execução mental e concreta de cálculos numérico

Subtipos da Discalculia
Segundo Garcia (1998, p. 213) a discalculia é classificada em seis subtipos,  podendo ocorrer em combinações diferentes e com outros transtornos de aprendizagem:
  • Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os  números, os termos, os símbolos e as relações.
  • Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e manipular  objetos reais ou em imagens matemáticas.
  • Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos.
  • Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.
  • Discalculia Ideognóstica - Dificuldades em fazer operações mentais e na  compreensão de conceitos matemáticos.
  • Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e cálculos  numéricos. 7
A Discalculia pode ser curada?
Certamente, na pré-escola, já é possível notar algum sinal do distúrbio, quando a  criança apresenta dificuldade em responder às relações matemáticas propostas - como igual  e diferente, pequeno e grande. Mas ainda é cedo para um diagnóstico preciso. É só a partir  dos 7 ou 8 anos, com a introdução dos símbolos específicos da matemática e das  operações básicas, que os sintomas se tornam mais visíveis.

É importante chegar a um diagnóstico o mais rápido possível para iniciar as  intervenções adequadas. O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar -  Neurologista, Psicopedagogo, Fonoaudiólogo, Psicólogo, T.O - para um encaminhamento correto. Não devemos ignorar que a participação da família e da escola é fundamental no reconhecimento dos sinais de dificuldades.

Porém, devemos ter muita cautela quanto ao diagnóstico da discalculia. Apesar de o professor dizer que não faz um diagnóstico da criança, ele estabelece que as dificuldades de aprendizagem são possíveis transtornos específicos de aprendizagem, tendo como causas a imaturidade, problemas psicológicos e sociais, justificado assim o por quê da criança não aprender.

Antes de diagnosticar a discalculia, devem ser eliminadas outras causas de dificuldades, como o ensino inadequado ou incorreto; os problemas com visão; audição ou os danos ou doenças neurológicas e doenças psiquiátricas.

Como é Discalculia tratada?
Ajudar o aluno a identificar suas / seus pontos fortes e fracos é o primeiro passo para a obtenção de ajuda. Após a identificação, os pais, professores e outros educadores podem trabalhar juntos para estabelecer estratégias que ajudarão o aluno a aprender matemática de forma mais eficaz. Ajuda de fora da sala de aula permite que o aluno e tutor foco especificamente sobre as dificuldades que o aluno está tendo, retirando a pressão de se mudar para novos tópicos muito rapidamente. Reforço repetido e prática específica de ideias simples podem tornar mais fácil a compreensão. Outras estratégias para dentro e fora da sala de aula incluem:
  •  Use papel milimetrado para os alunos que têm dificuldade para organizar as ideias no papel.
  • Trabalhar em encontrar diferentes maneiras de abordar fatos de matemática, ou seja, em vez de apenas memorizar a tabuada, explique que 8 x 2 = 16, então, se 16 é o dobro, 8 x 4 deve ser = 32.
  • Praticar como  estimar como uma forma de começar a resolver problemas de matemática.
  •  Introduzir novas habilidades a partir de exemplos concretos e mais tarde se movendo para aplicações mais abstratos.
  • Com as dificuldades de linguagem, explicar ideias e problemas de forma clara e incentivar os alunos a fazer perguntas como eles funcionam.
  • Fornecer um lugar para trabalhar com poucas distrações e ter lápis, borrachas e outras ferramentas na mão, se necessário.
  •  Ajude os alunos a tomar consciência dos seus pontos fortes e fracos. Entender como uma pessoa aprende melhor é um grande passo para alcançar o sucesso e a confiança acadêmica.
  • Use dispositivos mneumonico para aprender passos de um conceito matemático
  • Use ritmo e música para ensinar tabuada e definir medidas para uma batida
FONTE: 
ROTTA, Newra T. et al. Transtornos de Aprendizagem: Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006.
FERREIRA, Jaime Jacinto. DISCALCULIA: UMA LIMITAÇÃO NA APRENDIZAGEM. União da Vitória, Paraná. Disponível em: http://www.ensino.eb.br/portaledu/conteudo/artigo9359.pdf

sábado, 15 de junho de 2013

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

Os termos distúrbios, transtornos, dificuldades e problemas de aprendizagem tem sido utilizados de forma aleatória, tanto na literatura especializada como na prática clínica e escolar, para designar quadros diagnósticos diferentes.

O termo “transtorno” é usado por toda a classificação, de forma a evitar problemas ainda maiores inerentes ao uso de termos tais como “doença” ou “enfermidade”. “Transtorno” não é um termo exato, porém é usado para indicar a existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferência com funções pessoais (CID - 10,1992: 5).

Os Transtornos de aprendizagem afetam o modo como uma pessoa entende, lembra-se e responde a novas informações. Pessoas com distúrbios de aprendizagem podem ter problemas:
·         Ouvir ou prestar atenção
·         Falar
·         Leitura ou escrita
·         Fazer matemática
Embora os transtornos de aprendizagem ocorram em crianças muito jovens, eles geralmente não são reconhecidas até que a criança atinja a idade escolar. 

O QUE SÃO DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM?
Para alguém diagnosticado com uma deficiência de aprendizagem, pode parecer assustador no começo. Mas a dificuldade de aprendizagem não tem nada a ver com a inteligência de uma pessoa - afinal, as pessoas bem-sucedidas, como a Walt Disney, Alexander Graham Bell, e Winston Churchill todos tinham dificuldades de aprendizagem.

Dificuldades de aprendizagem são problemas que afetam a capacidade do cérebro para receber, processar, analisar ou armazenar informações. Estes problemas podem tornar difícil para o aluno aprender tão rapidamente como alguém que não é afetado por dificuldades de aprendizagem.

QUAIS SÃO OS SINAIS DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM?
Você não pode dizer só de olhar que uma pessoa tem uma dificuldade de aprendizagem, que pode fazer dificuldades de aprendizagem difícil de diagnosticar.

Dificuldades de aprendizagem geralmente apresentam pela primeira vez quando uma pessoa tem dificuldade em falar, ler, escrever, descobrir um problema de matemática, comunicando-se com um dos pais, ou prestando atenção na aula. Algumas dificuldades de aprendizagem da criança pequena são diagnosticadas na escola quando um professor percebe que a criança não consegue seguir as instruções de um jogo ou está se esforçando para fazer o trabalho que ele ou ela deve ser capaz de fazer facilmente.

Mas outras crianças desenvolvem formas sofisticadas de encobrir seus problemas de aprendizagem, de modo que o problema não foi descoberto na fase escolar dificultando a vida mais tardiamente. A maioria das dificuldades de aprendizagem caem em uma das duas categorias: verbais e não verbais.

Pessoas com dificuldades de aprendizagem verbais têm dificuldade com as palavras, tanto falada e escrita. A deficiência mais comum e mais conhecido aprendizagem verbal é a dislexia ,o que faz com que as pessoas tenham dificuldade em reconhecer ou processamento de letras e os sons associados a eles.

Pessoas com deficiência de aprendizagem não-verbais podem ter dificuldade em processar o que vêem. Eles podem ter dificuldade em fazer sentido de detalhes visuais, como números em um quadro negro. Alguém com dificuldade de aprendizagem não-verbal pode confundir o sinal de mais com o sinal de divisão, por exemplo. Alguns conceitos abstratos como frações pode ser difícil de dominar para pessoas com dificuldades de aprendizagem não-verbais.

COMO É CAUSADO?
Ninguém é sabe exatamente certo o que causa dificuldades de aprendizagem. Mas os pesquisadores têm algumas teorias a respeito de porque eles desenvolvem, incluindo:
·         Influências genéticas. Especialistas notaram que dificuldades de aprendizagem tendem a ocorrer em famílias e acham que a hereditariedade pode desempenhar um papel. No entanto, os pesquisadores ainda estão debatendo se dificuldades de aprendizagem são, na verdade, genética, ou se eles aparecem nas famílias, porque as crianças aprendem e modelar o que seus pais fazem.
·         O desenvolvimento do cérebro. Alguns especialistas pensam que dificuldades de aprendizagem podem ser rastreadas para o desenvolvimento do cérebro, tanto antes como depois do nascimento. Por esta razão, problemas como baixo peso ao nascer, a falta de oxigênio, ou nascimento prematuro pode ter algo a ver com dificuldades de aprendizagem. As crianças que recebem lesões na cabeça também podem estar em risco de desenvolver dificuldades de aprendizagem.
·         Impactos ambientais. Lactentes e crianças jovens são suscetíveis a toxinas ambientais (venenos). Por exemplo, você pode ter ouvido como chumbo (que pode ser encontrado em algumas casas antigas na forma de tinta com chumbo ou canos de água de chumbo) às vezes é pensado para contribuir para dificuldades de aprendizagem. A má nutrição no início da vida também pode levar a dificuldades de aprendizagem na vida adulta.

COMO VOCÊ SABE SE VOCÊ TEM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM?
Só porque você tem problemas para estudar para um teste não significa que você tem uma dificuldade de aprendizagem. Há tantos estilos de aprendizagem, pois há indivíduos. Por exemplo, algumas pessoas aprendem fazendo e praticando, enquanto outros aprendem ouvindo (como em sala de aula) ou preferem ler material.

Algumas pessoas são naturalmente mais lentas ou maiores leitoras  que outras, mas ainda assim possuem um bom desempenho para a sua idade e habilidades. Às vezes, o que parece ser uma dificuldade de aprendizagem é simplesmente um atraso no desenvolvimento, a pessoa acabará por acompanhar - e talvez até mesmo ultrapassar - seus pares.

Mas muitas pessoas com dificuldades de aprendizagem luta por um longo tempo antes que alguém perceba que há uma razão que eles estão tendo tanta dificuldade de aprendizagem. Para a maioria das pessoas em seus anos de adolescência, o primeiro sinal indicador da maioria das dificuldades de aprendizagem ocorre quando eles percebem que há uma desconexão entre o quanto eles estudaram para um teste e como ele realiza. Ou pode ser apenas o sentimento que uma pessoa tem de que algo não está certo. Se você está preocupado, não hesite em partilhar os seus pensamentos com um pai ou um professor.


O primeiro passo para o diagnóstico de uma deficiência de aprendizagem é a exclusão de visão ou problemas de audição. Uma pessoa pode, então, trabalhar com um psicólogo ou especialista em aprendizagem que irão utilizar testes específicos para ajudar a diagnosticar a deficiência. Muitas vezes, estes podem ajudar a identificar os pontos fortes de aprendizagem da pessoa e fracos, além de revelar uma determinada dificuldade de aprendizagem.

FONTE:

quinta-feira, 23 de maio de 2013

MAIS DICAS PARA PROFESSORES

DICAS BÁSICAS DE APRENDIZAGEM
1.  Pense e ensine visualmente. Muitas crianças autistas são pensadores visuais usando imagens e outros recursos visuais durante o ensino é útil. Recursos visuais são especialmente eficazes ao ensinar conceitos de número, termos direcionais e reconhecimento de palavras.

2.    Use uma área de interesse, uma fixação ou um talento especial para se conectar com a criança, melhorar as habilidades acadêmicas e aumentar a atenção. Se a criança está interessada em bugs, incorpore erros em sua sessão de terapia ou plano de lição. Por exemplo, você pode contar erros de brinquedo ou reproduzir um vídeo sobre bugs com legendas para melhorar o reconhecimento da palavra. Se a criança tem problemas sensoriais tátil, à procura de erros fora pode ser uma ferramenta motivacional para incentivar a aceitação de diferentes texturas, como grama, areia ou água.

3.   Esteja ciente das distrações do ambiente, tais como luzes brilhantes e sons altos, que podem interferir com a aprendizagem ou o conforto. Você deve considerar as necessidades sensoriais durante o ensino e terapia. Algumas crianças aprendem melhor quando se deslocam ou usam as mãos, enquanto as outras crianças podem exigir silêncio ou quase escuridão, a fim de se concentrar. Explore uma variedade de ambientes sensoriais com a criança para determinar qual é o mais propício para a aprendizagem.

4.    Utilizar a tecnologia, como a televisão, CDs e computadores. Porque as crianças autistas normalmente respondem melhor aos estímulos visuais do que as instruções verbais ou escritas, programas de software, tais como Boardmaker de Mayer-Johnson  pode ser benéfica. Algumas crianças acham mais fácil se comunicar escrevendo do que falando ou escrevendo. Incentivar o uso do computador e do teclado para melhorar a comunicação.

5.  Evite linguagem figurada, e faça as suas expectativas simples e clara. Utilize apenas termos concretos, e reforçar essas ideias com imagens ou modelagem. Evite longas instruções verbais, e as tarefas de quebra e instruções em etapas claramente definidas. Espere para que a criança complete o primeiro passo antes de passar para a próxima

6.  Esteja ciente de generalizações. Crianças com autismo muitas vezes associam uma habilidade ou comportamento com um local específico. Por exemplo, a criança pode usar um garfo e uma colher em casa, sem perceber que ele deve usar utensílios quando longe de casa. Domínio de cada habilidade pode precisar de tomar lugar em uma variedade de locais.

Dicas de comportamento básico

   1.    Não reforçar o comportamento indesejado. Se a criança pede suco, der-lhe o suco, mesmo que ele realmente queira leite. Use alertando para ajudar a criança a responder de forma adequada e, em seguida, recompensar as respostas corretas. Ignorar os comportamentos negativos e as respostas incorretas, mas não punir a criança.

   2.    Atenha-se uma rotina. Crianças com distúrbios autistas precisam de rotina para se sentir seguro. Mesmo a menor interrupção no cronograma pode causar regressão ou birras. A agenda diária, que inclui fotos ou outros recursos visuais é uma ferramenta útil para muitos pais e professores. Agendar horários das refeições, horários de sono e terapia ao mesmo tempo todos os dias. Prepare a criança com antecedência, sempre que possível, para mudanças de horários ou viagens para fora de casa.

3.    Use a repetição para modificar o comportamento, ensinar novas habilidades e melhorar a comunicação. As crianças autistas aprendem e retém informações com mais facilidade quando dado essa informação várias vezes e em uma variedade de configurações. Ao contrário do que algumas pessoas acreditam a repetição não vai incentivar discurso robótico ou o comportamento de uma criança autista.

4.    Abordar um problema de cada vez, quando a tentativa para modificar o comportamento. Se a criança tem vários problemas comportamentais, faça uma lista desses problemas e classificá-las em ordem de importância ou gravidade. Endereço comportamentos que colocam a criança ou seus cuidadores em risco em primeiro lugar. Escolha um problema de cada vez, e então trabalhe com a criança até que o comportamento atinja um nível aceitável. Tentando mudar muitos comportamentos simultaneamente raramente é eficaz.

5.    Use modelos para melhorar a socialização. Porque eles têm um tempo difícil de leitura e processamento de sinais sociais, as crianças autistas necessitam de ajuda para saber como agir e reagir em situações sociais. Um dos meios mais eficazes de ensino de habilidades sociais é através de modelagem. Se o seu objetivo é ensinar a criança a apertar as mãos depois de uma introdução social, você deve modelar este comportamento, apertando as mãos na frente dele quando se deparam com novas pessoas. Alertar a criança para o comportamento, como você faz isso, então ele ou ela pode sugestão para o que você está fazendo.

6.   Seja paciente e compreensivo com você mesmo e da criança. Trabalhando com uma criança autista pode ser frustrante, e isso pode levar um tempo considerável antes de ver melhorias. Lembre-se de fazer pausas frequentes e não se sente desanimado se suas tentativas são, inicialmente, sem sucesso.

FONTE:http://autism.lovetoknow.com/Tips_for_Working_with_Autistic_Children

22 DICAS PARA O ENSINO DE ALUNOS COM PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO

Alguns professores estão encontrando alunos com autismo pela primeira vez e sentem ansiedade sobre o que fazer, assim vai aqui algumas ideias e estratégias para ajudá-los em sala de aula. Estas são algumas das sugestões foi usado na sala de aula e deu certo.

1. Use as tarefas em ordem sequencial.
2. Sempre mantenha sua linguagem simples e concreta. Obtenha seu ponto de vista em tão poucas palavras quanto possível. Normalmente, é muito mais eficaz do que dizer "Pens-se, feche o seu jornal e fila para ir lá fora" do que "Parece tão bom fora. Vamos fazer nossa lição de ciência agora. Assim que você terminar o seu texto, feche os livros e se alinham na porta. Vamos estudar as plantas ao ar livre hoje. "
3. Ensinar regras sociais específicos / competências, tais como troca de turno e distância social.
4. Dê menos opções. Se uma criança é convidada a escolher uma cor, digamos vermelho, apenas dar-lhe 2-3 opções para escolher. Quanto mais escolhas, mais confuso uma criança autista vai se tornar.
5. Se você fizer uma pergunta ou der uma instrução e for recebida com um olhar vazio, reformule a sua frase. Pedir a um aluno que acabou de dizer ajudar a esclarecer que você tenha sido compreendido.
6. Evite o uso de sarcasmo. Se um estudante acidentalmente bate todos os seus papéis no chão e você diz: "Ótimo!" Você será levado literalmente e esta ação pode ser repetida em uma base regular.
7. Evite o uso de expressões idiomáticas. "Coloque suas tampas pensando em", "Abra seus ouvidos" e "Zipper seus lábios" vai deixar um aluno completamente mistificado e se perguntando como fazer isso.
8. Dê escolhas muito claras e tente não deixar as escolhas em aberto. Você é obrigado a obter um melhor resultado, perguntando "Você quer ler ou desenhar?" Do que perguntando "O que você quer fazer agora?"
9. Repita as instruções e verificação de compreensão. Usando frases curtas, para garantir a clareza das instruções.
10.Forneça uma estrutura muito clara e um conjunto de rotina diária, incluindo o tempo para o jogo).
11. Ensinar o que "terminou", ajudande o aluno a identificar quando algo terminou e algo diferente começou. Tire uma foto do que você quer o produto acabado para parecer e mostre ao aluno. Se você quer o quarto limpo, tire uma foto de como você quer que ele procure algum tempo quando se está limpo. Os alunos podem usar isso para uma referência.
12. Fornecer aviso de qualquer mudança iminente de rotina, ou mudar de atividade.
13. Dirigindo-se ao aluno individualmente em todos os tempos (por exemplo, o aluno pode não perceber que uma instrução dada a toda a classe também inclui a ele / ela. Chamando o nome do aluno e dizer "eu preciso que você escute isso, pois isso é algo para você para fazer "às vezes pode funcionar, outras vezes o aluno terá de ser abordada individualmente).
14. Usando vários meios de apresentação - visuais, orientação física, modelagem de pares, etc
15. Reconheça que alguma mudança na forma pode refletir o comportamento de ansiedade (o que pode ser desencadeada por uma [menor] mudança de rotina).
16. Não tomar o comportamento aparentemente rude ou agressivo, pessoalmente, e reconhecendo que a meta para a ira do aluno pode estar relacionado com a origem do que raiva.
17. Evite super-estimulação. Minimização / eliminação de distrações, forneça acesso a uma área de trabalho individual ou de cabine, quando uma tarefa que envolva concentração está definida. Parede de telas coloridas pode ser uma distração para alguns alunos, outros podem achar barulho muito difícil de lidar.
18. Busque vincular o trabalho para interesses particulares do aluno.
19. Explore o processamento de texto, e aprendizagem baseada em computador para a alfabetização.
20. Proteja o aluno de provocações e chacotas no tempo livre e proporcionando pares com alguma consciência de seus / suas necessidades específicas.
21. Permitir que o aluno evite certas atividades (como esportes e jogos) que ele/ela não pode compreender ou não gosta; e apoiar o aluno em tarefas abertas e de grupos.
 22. Permitir algum acesso a um comportamento obsessivo como uma recompensa para os esforços positivos.