domingo, 26 de junho de 2011

Acidente Vascular Encefálico


Popularmente conhecido como derrame cerebral, é a doença neurológica que mais frequentemente acomete o sistema nervoso e é a principal causa de incapacidades físicas e mentais. Ele ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido subitamente (AVE isquêmico) ou quando um vaso sangüíneo no cérebro rompe, extravasando seu conteúdo e dando origem a um hematoma, ou coágulo, que provoca sofrimento no tecido cerebral (AVE hemorrágico).  O AVE isquêmico é o mais comum, representa cerca de 85% dos casos de derrames. Já o AVE hemorrágico, embora menos comum, apresenta maior mortalidade. 

Compreendendo melhor o AVC
O AVE pode ser compreendido como uma dificuldade, em maior ou menor grau, de fornecimento de sangue e seus constituintes a uma determinada área do cérebro, determinando o sofrimento ou morte desta (neste caso, chamado infarto) e, conseqüentemente, perda ou diminuição das respectivas funções. Existem basicamente dois tipos de AVE:
a) Isquêmico: quando não há passagem de sangue para determinada área, por uma obstrução no vaso ou redução no fluxo sangüíneo do corpo.
b) Hemorrágico: quando o vaso sangüíneo se rompe, extravasando sangue

Sintomas 
Os sintomas normalmente são agudos ou rapidamente progressivos, caracterizados por:
·         Perda súbita da força muscular ou formigamento de um lado do corpo
·         Dificuldade súbita para falar ou compreender
·         Dor de cabeça muito forte, de início abrupto, sem causa aparente
·         Perda visual repentina, particularmente de um olho apenas
·         Perda do equilíbrio ou tontura súbita
·         Alteração da sensibilidade

Fatores de risco
·  Idade
·     Fator genético
·     Hipertensão arterial
·         Obesidade
·         Diabetes mellitus
·         Tabagismo
·         Colesterol
·         Fibrilação arterial
·         Infarto do miocárdio recente
·         Sedentarismo
·         Etilismo

Diagnóstico
A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente. Entretanto, o início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises sanguíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância magnética). Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem ser feitos.  

Como podemos saber se alguém está tendo um AVE?
O AVE manifesta-se de modo diferente em cada paciente, pois depende da área do cérebro atingida, do tamanho da mesma, do tipo (Isquêmico ou Hemorrágico), do estado geral do paciente, idade, etc.
De maneira geral, a principal característica é a rapidez com que aparecem as alterações; em questão de segundos a horas (de maneira abrupta ou rapidamente progressiva). Podemos chamar a atenção para as alterações mais comuns:

·         Fraqueza ou adormecimento de um membro ou de um lado do corpo
·         Distúrbios Visuais - Perda da visão em um dos olhos, sensação de "sombra'' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).
·         Perda sensitiva -  dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza).
·         Linguagem e fala (afasia) - fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); ou frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. 
·         Convulsões
Estas alterações não são exclusivas do AVE. Apenas servem de alerta de que algo está acontecendo, devendo procurar auxílio médico imediatamente.

Tratamento
O tratamento deve ser precoce, para que se obtenham melhores resultados.  Geralmente existem três estágios de tratamento:  preventivo, tratamento do acidente vascular encefálico agudo e a reabilitação pós-acidente .
·         Preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco.
·     Agudo: uso de terapias antitrombóticas (contra a coagulação do sangue) que tentam cessar o acidente vascular encefálico quando ele está ocorrendo, por meio da rápida dissolução do coágulo que está causando a isquemia.
·     Reabilitação pós-acidente vascular cerebral: A reabilitação significa ajudar o paciente a usar plenamente toda sua capacidade, a reassumir sua vida anterior adaptando-se a sua atual situação Quanto mais precoce for o início da reabilitação melhores serão os resultados.  Profissionais importante nesse momento: Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta, Psicólogo, Enfermeiro, Médico..

Prevenção
A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são fundamentais para a prevenção. Assim como o controle da hipertensão, da diabetes, da obesidade, a suspensão do tabagismo e o uso de bebidas alcóolicas com moderação (os chamados fatores de risco modificáveis).
O uso de medicamentos como os anticoagulantes, que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais, podem ser recomendados por médicos para ajudar na prevenção.
A prática regular de atividades físicas, como caminhadas de 30 a 60 minutos, 3 a 5 vezes por semana, reduz a chance de sofrer um derrame cerebral. Elas devem sempre ser recomendadas e avaliadas por um profissional de saúde.

FONTE: