Doença auto-imune, ou seja, uma alteração do nosso sistema imunológico que passa a produzir anticorpos contra nossas próprias células, provocando inflamação e danificando os nossos órgãos, entre eles, a pele. A causa desse desequilíbrio imunológico é desconhecida, mas é desencadeada por tensão emocional
Prevalência:
- Atinge 9x mais mulheres, principalmente na idade reprodutiva.
- Pode ocorrer em qualquer idade, com pico entre 20 a 40 anos
- Tem forte tendência familiar
- Pode ser bastante benigno até extremamente grave e fatal
Manifestações Gerais:
- Febre
- Mal-estar
- Perda de peso
- Fadiga
Manifestações Musculoesqueléticas:
- Artralgia e/ou artrite: dor moderada à intensa, rigidez, edema, inflamação articular, acomente pequenas e grandes articulações
- Mialgia e/ou mosite: dor, fraqueza muscular
Manifestações Cutâneomucosas:
- Fotossensibilidade
- Eritema Facial: lesões planas, de cor avermelhada, rósea ou violácea. Apresentam descamação, pequenos vasos sanguíneos dilatados na superfície e podem ter as bordas mais escuras. Quando ocupam as regiões malares (maçãs da face) e o nariz, podem adquirir um formato de "asa de borboleta", característico da doença.
- Úlceras: orais, vaginais, conjuntivas ou nasofaríngeas, base escura e borda hiperemiadas, pode perfurar o septo-nasal.
- Alopécia: perda de cabelo no local da lesão
- Fenômeno Raynaud: isquemia transitória das extremidades
- Vasculite
- Lúpus Profundo: nódulos vasculíticos firmes
Outras Manifestações:
- Alterações hematológicas: anemia hemolítica ou leucopenia, linfopenia
- Alterações neurológicas: convulsão (na ausência de outra causa) ou psicose (na ausência de outra causa)
- Comprometimento renal: Proteína na urina maior do que 500mg por dia ou +++ em exame comum; cilindros de hemácias, granulosos, tubulares ou mistos.
- Comprometiomento cardiovascular
- Sintomas Gastrintestinais: em poucos pacientes são observados anorexia, náusea, vômitos e dor abdominal. Pode haver pancreatite, Disfagia associada a peristalse reduzida ou ulcerações do esôfago causadas por arterites, além de infecções por Candida albicans
- Manifestações Oculares: temos habitualmente, em pacientes mais jovens, durante o período de atividade da doença conjuntivite e/ou epiesclerite
- Alterações imunológicas:
- Serosite: Pleurite; pericardite documentada por ECG ou médico
- FAN: fator antinuclear. Quase todos os pacientes possuem esse anticorpo no sangue
Critérios Diagnósticos:
Para auxiliar ao clínico no diagnóstico do LES, a ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE REUMATISMO montou uma lista de onze (11) sinais e sintomas a fim de ajudar na distinção do lúpus de outras doenças. Ficou definido que "uma pessoa deve ter quatro (4) ou mais que quatro (4) sintomas para suspeitar-se de lúpus; sendo que os sintomas não precisam ocorrer concomitantemente". Assim, temos 11 critérios empregados para o diagnóstico de LES:
1. Eritema malar (rash malar)
2. Lesões discóides (placas eritematosas com descamação aderente)
3. Úlcera oral ou nasofaríngea
4. Artrite não erosiva acomentendo 2 ou mais articulações
5. Pleurite ou pericardite
6. Fotossensibilidade
7. Compromentimento renal
8. Convulsões ou psicose
9. Alterações hematológicas
10. FAN +
11. Alterações imunológicas
Devido aos sintomas do LES mimetizarem outros estados mórbidos, lúpus pode ser uma doença de difícil diagnóstico. O diagnóstico é geralmente feito por uma revisão cuidadosa de três fatores:
- História médica completa do paciente;
- Sintomas atuais do paciente;
- Analise dos resultados obtidos por testes laboratoriais de rotina e alguns outros especializados.
Para se fazer um diagnóstico de LES, o indivíduo deve apresentar evidência clínica de uma doença que atinja vários sistemas orgânicos, tendo como principais órgãos ou sistemas afetados: Pele, Articulações, Rins, Membranas serosas, Sangue, Pulmões, Sistema nervoso.
Prognóstico
De modo geral é bom, quando diagnosticado precocemente, com tratamento correto e antibióticos eficazes. As causas que levam a morte, são:
- Vasculite Cerebral
- Hemorragia Intratável
- Perfuração Intestinal
- Insuficiência cardíaca, renal ou pulmonar
Tratamento:
O tratamento visa interromper a auto-agressão causada pelos anticorpos, diminuindo a inflamação.
- Medidas gerais suportivas
- Uso crônico de protetor solar, com alto fator de proteção
- Medicamentos: AINES, antimalários, glicocorticóides, imunodepressivos, modeladores de resposta imune
- Fisioterapia
- Terapia Ocupacional
FONTE:
Disponível em: http://www.fisioweb.com.br/portal/artigos/categorias/44-art-doencas/1143-lupus-eritematoso-sistemico.html
Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?277
Disponível em: http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/lupus.shtml
Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/073.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário